segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lupa# Clocks: o tempo não para.

 "Antes de ler o texto abaixo é importante dizer que foi escrito [ exclusivamente...] por Leila Cavalcante do In My Place, agradecemos a essa parceira do Jpeg pela disponibilidade, pelas belas palavras e acima de tudo pela consideração. Abração Leila, a gente se ver algum dia em algum lugar desse planeta, quem sabe ai em Natal...kkk!"
Analisar uma música composta por Chris Martin pode ser tão desafiador quanto analisar um poema de Lord Byron, mas vamos tentar, ok? A música escolhida é Clocks (Relógios) um dos maiores hits da banda britânica Coldplay.
Clocks faz parte do álbum A rush Of Blood To The Head (2004), tem uma melodia única, marcada pela presença característica do piano. Há quem considere as músicas do Coldplay profundamente depressivas, tipicamente de quem está no fundo do poço, não preciso nem dizer que discordo veementemente dessa opinião, não é? De fato, muitas letras das músicas partem de uma visão, digamos, retraída, confusa, o que não significa necessariamente que seja uma visão pessimista, só por que você está confuso não quer dizer que não tenha esperanças, “Just because i´m losing, doesn´ t mean i´m lost”. Na verdade, estar confuso e se questionar sobre seu lugar no mundo, é o primeiro passo para encontrar um motivo, uma razão para continuar, se questionar sobre si mesmo e o que você pode fazer, quais as consequências dos seus atos, é disso que Clocks fala.
O titulo da música, Clocks (Relógios) já chama atenção para o fato de termos nossas vidas controladas pelo tempo, de fato, somos seus escravos, e na corrida alucinada em que vivemos todos os dias, às vezes esquecemos de parar um pouco e pensar se aquele caminho é mesmo o que devemos, ou queremos seguir; todos nós estamos expostos a cobranças e exigências, o tempo todo, e não há tempo para pensar, temos que decidir, a ansiedade nos leva a escolhas das quais não estávamos seguros. “Lights go out and I can't be saved/Tides that I tried to swim against/Bought me down upon my knees/Oh I beg, I beg and I” plead. É como estar andando numa corda banda, numa berlinda permanente, e você só pode seguir e enfrentar. “Come out things unsaid/Shoot an apple of my head/and a trouble that can't be named/A tiger's waiting to be tamed”.
Você faz tudo que pode, se esforça o máximo, tenta ser o melhor possível, mas é como se ainda não fosse o bastante; de repente você se olha no espelho e se dar conta alguma coisa está errada, mas não consegue entender o que é. “Confusion that never stops/closing walls and ticking clocks/[...]Come back and take you home/I could not stop, that you now know”. Você se questiona o que tem feito de errado, será sua culpa? Por que as coisas simplesmente não aconteceram como você esperava, como você planejou? E agora, o que você vai fazer? “Come out upon my seas/Cursed missed opportunities/Am I/a part of the cure? Or am I part of the disease?”

Suas respostas, você só terá com o tempo, como dizia Cazuza “a piscina está cheia de rato, suas ideias não correspondem aos fatos. Não, o tempo não para.” E não vai parar para que você encontre a si mesmo, repense sua vida e suas escolhas. “Home, home where I wanted to go/Home, home where I wanted to go” Mas é o mesmo tempo cruel e implacável que vai te mostrar que você é a única pessoa capaz de fazer isso; você pode ficar sentado vendo a vida passar, ou pode se levantar e tomar as rédeas do seu destino, no fim, a escolha é sempre sua. “And nothing else compares/Oh! No, nothing else compares”.

Clocks Coldplay
Lights go out and I can't be saved
Tides that I tried to swim against
Bought me down upon my knees
Oh I beg, I beg and I plead
Singing
Come out things unsaid
Shoot an apple of my head
And a
trouble that can't be named
A tiger's waiting to be tamed
Singing

You are, you are

Confusion that never stops
closing walls and ticking clocks
Gonna
Come back and take you home
I could not stop, that you now know
Singing
Come out upon my seas
Cursed missed opportunities
Am I
a part of the cure?
Or am I part of the disease?
Singing

You are, you are
You are, you are

You are, you are

And nothing else compares
Oh! no, nothing else compares
And nothing else compares

You are, you are

Home, home where I wanted to go
Home, home where I wanted to go
Home (You are), home where I wanted to go
Home (You are), home where I wanted to go

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