Festival João do Vale: Um festival de músicas e lições

Caro Leitor, os últimos dias de 2011 não poderiam ser diferentes em Pedreiras, polêmicas, dessa vez girando em torno do III Festival de Música João do Vale, como você pode ler no titulo, nossa proposta não é informá-lo do que aconteceu por lá, dê uma volta pelos Blogs da cidade e confira, contudo, não costumamos ficar em cima do muro quando o assunto é opinar sobre um fato publico.

Estive  presente nos três dias de festival, o que vi ali foi algo realmente encantador, letras bem boladas e penetrantes, inclusive por cantores da terra, com é o caso da que foi interpretada por Josivan, Natureza Artificial, ritmos envolventes, lentos e rápidos, belos figurinos, arranjos de uma banda que foi o segredo para o sucesso do evento, exceto o grande atraso do primeiro dia, é essa a primeira lição que aprendi, quando o dinheiro é publico falta fiscalização, entendo, mas posso estar enganado, a banda foi contratada, acredito que de forma lícita, sendo assim, existem detalhes a serem observados no contrato, cabendo ao contratante, nesse caso o governo que representa o povo, fiscalizar. Havia crianças ali, famílias inteiras, que mesmo assim mostraram-se interessadas por algo que ainda é novo, muitos não puderam permanecer devido a manhã seguinte, que seria de muito trabalho.

O festival foi lindo, pena que havia um festival concorrente, um festival de hipocrisia, de pessoas oportunistas, estão no barco, mas caso ele afunde, serão os primeiros a pular fora, de multiface, que detonam os ratos da prefeitura, mas não para de roer o queijo. São pessoas que se acham personalidades, é exatamente isso que falta a elas, se não são beneficiadas começam a criticar, sim, todo mundo tem a liberdade de criticar, e ajudar é um bom começo.

E vou falar mais, essa Arte não tem dono e nem expede certificado, ela é sim de todos, feita por todos, inclusive por aqueles que não são lembrados, João do Vale conheceu bem esse contexto, alias, o próprio nome do evento já era uma lição... Humildade, fazer arte popular requer humildade, essa faltou, mas a ignorância e a falta de bom senso sobraram, e se engana que pensa que João representa essa arte, essa arte culta, não foi essa que ele representou.

Fazer um evento desses as vésperas de um novo ano e sendo o mesmo um “ano político”, sinceramente, pega mal, parece coisa eleitoreira, há períodos do ano mais adequados para a sua realização, muitas pessoas viajam, inclusive, pedreirenses.

Saindo da FUP para a Secretaria de Meio Ambiente e a de Infra- Estrutura, sugerimos uma integração entre as pastas, não haviam lixeiras no local, nem antes, nem durante e até agora, muita pessoas vindas de fora, ouvem um pedreirense cantando sobre a preservação ambiental, olham para os lados, e as lixeiras? Que contradição, não pé mesmo?
Pelo que parece houve uma mundana no horário da apresentação do Falamansa (parabéns pela escolha), isso gerou um mal estar intestinal em alguns, tipo, o Fala vai garantir que o público compareça e permaneça até o fim... Nana nina não, a maior parte dos presentes ali estavam por causa do Xote da Alegria, alguém ainda se engana? É só comparar o número de presentes nos outros dias, que evoluiu se comparada aos anos anteriores.
E para concluir fica aqui a maior lição, os pedreirenses estão mudando, estão mais espertos eu diria, de orelha em pé, exigentes e ao mesmo tempo mais receptíveis, a música local precisa evoluir, precisa conquistar sem imposições o seu espaço, nas rádios, nos celulares e nos iPhones... Isso se conquista com mérito, com esforço, ensaio e um toque de improviso.

Até mais!